De 20 a 23/11 - DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA NA CINEMATECA

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DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA NA CINEMATECA
de 20 a 23 de novembro
ENTRADA FRANCA





A Cinemateca Brasileira celebra o Dia da Consciência Negra com a exibição de algumas obras fundamentais da cultura negra em nosso cinema.
A seleção tem raridades, como Compasso de espera, única experiência do diretor teatral Antunes
Filho no cinema, num filme muito sintonizado com o movimento negro dos anos 1970; Chico Rei, épico de Walter Lima Jr narrando a trajetória de Galanga, rei do Congo que, trabalhando em uma mina de ouro em Minas Gerais, consegue comprar a sua alforria e a própria mina; Bahia de todos os santos, de Trigueirinho Neto, uma das obras mais influentes para o Cinema Novo brasileiro; e o filme-manifesto Alma no olho, dirigido pelo ator, cineasta e ativista Zózimo Bulbul (protagonista de Compasso de espera). A programação destaca também os documentários A negação do Brasil, de Joel Zito Araújo, brilhante estudo sobre a identidade negra na teledramaturgia brasileira, e Ori, clássico de Raquel Gerber que acompanha os movimentos negros entre 1977 e 1988 e estabelece uma história da cultura negra a partir deste estudo. Por fim, a exibição da cópia restaurada de Xica da Silva, de Carlos Diegues, com clássico trilha de Jorge Ben e antológica interpretação de Zezé Motta. Além da programação, a Cinemateca recebe o evento especial 100 anos da escritora Carolina Maria de Jesus: a cinderela negra.

Programação: Sergio Silva
Produção de cópias: Leandro Pardi
Assessoria de imprensa: Karina Almeida
Site: Bruno Ishikawa


CINEMATECA BRASILEIRA

ENDEREÇO
Largo Senador Raul Cardoso, 207
próximo ao Metrô Vila Mariana
Outras informações: (11) 3512-6111 (ramal 215)
www.cinemateca.gov.br


PROGRAMAÇÃO

20/11 QUINTA

SALA BNDES
16h00 A NEGAÇÃO DO BRASIL
18h00 ALMA NO OLHO | COMPASSO DE ESPERA
20h00 XICA DA SILVA

21/11 SEXTA

18h00 CHICO REI

20h00 ÔRÍ

22/11 SÁBADO

16h00 BAHIA DE TODOS OS SANTOS
18h00 ÔRÍ
20h00 ALMA NO OLHO | COMPASSO DE ESPERA

23/11 DOMINGO

16h00 CHICO REI
18h00 XICA DA SILVA

20h00 A NEGAÇÃO DO BRASIL


FICHAS TÉCNICAS E SINOPSES

Alma no olho, de Zózimo Bulbul
Rio de Janeiro, 1973, 35mm, pb, 11' | Exibição em Beta Digital
Elenco: Zózimo Bulbul
Metáfora sobre a escravidão e a busca da liberdade através da transformação interna do ser, num jogo de imagens de inspiração concretista. O filme foi rodado com restos de negativo de Compasso de espera, de Antunes Filho.
Livre

Bahia de todos os santos, de Trigueirinho Neto
Bahia, 1960, 35mm, pb, 102’ | Exibição em Beta Digital
Elenco:Jurandir Pimentel, Lola Brah, Arassary de Oliveira, Antonio Luís Sampaio
Durante a ditadura do Estavo Novo, jovem rejeitado pelos pais sobrevive de pequenos furtos no porto de Salvador e dos favores de uma amante inglesa. Sua vida fica complicada quando envolve-se com um grupo de operários grevistas. Religião e política, autoritarismo e greve operária, adultério e racismo perpassam Bahia de Todos os Santos, que terá influência significativa na formação do movimento cinemanovista. Prêmio Saci de Melhor argumento, produtor e atriz para Arassary de Oliveira, em 1961.
Não indicado para menores de 14 anos

Compasso de espera, de Antunes Filho
São Paulo, 1969-1973, 35mm, pb, 98’
Elenco: Zózimo Bulbul, Renée de Vielmond, Elida Palmer, Karin Rodrigues
Amante de uma publicitária, jovem poeta negro apaixona-se por uma menina de família rica. A partir daí, eles passam a enfrentar pressões de todos os lados para que se afastem um do outro. Única experiência do grande diretor teatral Antunes Filho no cinema, recebeu o Prêmio Air France de Melhor diretor em 1975. Fotografia de Jorge Bodanzky.
Não indicado para menores de 12 anos

Chico Rei, de Walter Lima Jr
Rio de Janeiro, 1985, 35mm, cor, 115'
elenco: Severino d'Acelino, Antônio Pitanga, Carlos Kroeber, Maurício do Valle, Othon Bastos
No século XVIII, entre os escravos que trabalhavam nas minas de ouro de Vila Rica está Galanga, rei do Congo, o Chico Rei. Desde que chegou ao Brasil, após perder a sua mulher durante a viagem, ele tenta libertar seu povo. Descobrindo uma importante reserva de ouro, Chico compra sua liberdade. Proprietário, ele permite a vários escravos comprar sua própria liberdade. Música de Wagner Tiso, fotografia de José Antonio Ventura e Mario Carneiro.
Não indicado para menores de 14 anos

A negação do Brasil, de Joel Zito Araújo
São Paulo, 2000, 35mm/vídeo digital, cor e pb, 91' | Exibição em Beta Digital
Os tabus, preconceitos e estereótipos raciais são discutidos a partir da história das lutas dos atores negros pelo reconhecimento de sua importância na história da telenovela, o produto de maior audiência no horário nobre da TV brasileira. O diretor, baseado em suas memórias e em pesquisas, analisa as influências das telenovelas nos processos de identidade étnica dos afro-brasileiros.
Não indicado para menores de 12 anos

Ôrí, de Raquel Gerber
São Paulo, 1989, 35mm, cor, 91'
Ôrí significa "cabeça", "consciência negra", em língua yorubá. A música, a dança, o gesto, o ritual, na expressão da cultura mais antiga da Humanidade. Ôrí documenta os movimentos negros brasileiros entre 1977 e 1988, passando pela relação entre Brasil e África, tendo o quilombo como idéia central de um contínuo histórico e apresentando como fio condutor a história pessoal de Beatriz Nascimento, historiadora e militante negra, falecida prematuramente no Rio de Janeiro, em 1995.
Livre

Xica da Silva, de Carlos Diegues
Rio de Janeiro, 1976, 35mm, cor, 107' | Exibição em DCP
Elenco: Zezé Motta, Walmor Chagas, Elke Maravilha, Stepan Nercessian, José Wilker
Segunda metade do século XVIII. Xica da Silva é uma escrava que, após seduzir o milionário João Fernandes, se tornou uma dama na sociedade de Diamantina. Melhor filme, Melhor direção e Melhor atriz para Zezé Motta no Festival de Brasília; Melhor filme, Melhor diretor e Melhor atriz para Zezé Motta, no Prêmio Air France de Cinema,; Melhor atriz e Melhor montagem no Prêmio Governador do Estado de São Paulo; Coruja de Ouro do INC - Instituto Nacional de Cinema de Melhor atriz para Zezé Motta, Melhor atriz coadjuvante para Elke Maravilha, Melhor fotografia e Melhor coreografia. Música original de Jorge Ben e Roberto Menescal.
Não indicado para menores de 14 anos

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